Confirmado para estrear no Brasil em 2026, o Fiat Grande Panda acaba de ganhar uma nova configuração na Europa. Chamada de “Panda Pop”, a versão 100% elétrica chega com uma missão bem clara: enfrentar diretamente o avanço do BYD Dolphin Mini, que por lá é comercializado como BYD Surf.

Para bater de frente com o rival chinês, a Fiat, que faz parte do grupo Stellantis, decidiu apostar em uma proposta mais simples e acessível. O Grande Panda Pop desembarca no Reino Unido com rodas de aço de 16 polegadas, bancos de tecido e um acabamento interno menos sofisticado do que o encontrado nas versões mais caras do modelo.

Essa “enxugada” no pacote, porém, não atingiu o conjunto mecânico. O motor elétrico segue entregando 112 cv de potência, alimentado por uma bateria de 44 kWh. De acordo com o ciclo europeu de medição, essa combinação garante ao compacto elétrico uma autonomia de até 312 km por recarga, além de velocidade máxima de 132 km/h.

O grande trunfo do Panda Pop está no preço. Na Europa, o Fiat Grande Panda Pop é vendido por pouco mais de 20 mil euros (cerca de R$ 130 mil, em conversão direta). Já o principal concorrente, o BYD Dolphin Mini (Surf), parte de aproximadamente 30 mil euros, algo em torno de R$ 190 mil. Ou seja, a Fiat aposta em uma diferença considerável de valor para ganhar espaço no segmento de elétricos de entrada.

Na parte visual, mesmo nessa configuração mais simples, o Grande Panda mantém seu estilo robusto e atual, com o desenho característico que vem sendo adotado pela marca e que também aparece em outras versões com rodas de ferro na Europa.

### Fiat Grande Panda no Brasil

Embora o modelo já esteja confirmado para o mercado brasileiro, a versão mais básica, como essa Pop lançada na Europa, não deve dar as caras por aqui. A estratégia da Fiat para o Brasil é posicionar o Grande Panda como substituto do Argo, partindo provavelmente de uma configuração intermediária, com mais equipamentos de série e acabamento superior em relação ao que foi apresentado no Reino Unido.

Por enquanto, as especificações técnicas e de equipamentos que serão adotadas no mercado nacional ainda não foram definidas ou divulgadas. O que já é praticamente certo é que o visual seguirá bem próximo ao do modelo europeu: dianteira com faróis em LED no estilo “pixelado” e uma linguagem de design alinhada ao futuro da marca, algo que a Fiat já havia antecipado em um de seus conceitos apresentados em Salão do Automóvel.

Assim, o Grande Panda surge como uma peça importante na estratégia global da Fiat, combinando um elétrico mais acessível na Europa com uma futura opção para substituir um dos hatches mais conhecidos da marca no Brasil.